ATÉ OS GIGANTES ERRAM
Criar nomes para produtos ou marcas pode parecer simples, mas dada a complexidade que envolve nomear um produto, é uma das coisas mais trabalhosas e difíceis na atividade do marketing, ao contrário do que pessoas de outras áreas possam pensar.
A criação de um nome deve passar por uma ampla pesquisa, mas não foi o que aconteceu com as empresas a seguir, que deram nomes aos seus produtos sem levar em conta sua riqueza semântica, apenas sua sonoridade e relação com o produto.
Na verdade, naming envolve muito mais que isso...
Veja alguns casos clássicos de empresas que cometeram erros ao não fazer o dever de casa direito, sem contratar um profissional ou agência que os ajudasse na difícil arte de escolher nomes para produtos e serviços.
- A Reebok teve que colocar pé no freio depois lançar um tênis feminino chamado Incubus. Segundo o dicionário, Íncubo (em latim incubus, de incubare) é um demônio na forma masculina que se encontra com mulheres dormindo, a fim de ter uma relação sexual com elas.
- A equipe de marketing da Umbro não pesquisou direito quando lançou o tênis Zyklon. Em agosto de 2002, pessoas denunciaram a marca pela sua “insensibilidade”. Esse é o nome do gás letal utilizado nos campos nazistas na 2° guerra mundial.
- Uma empresa norte-americana lançou um burritos —receita mexicana de massa com carne— tamanho gigante. Para mostrar que o produto era realmente grande, o nome escolhido foi Burrada. Que tal? Vai uma Burrada aí?
- A marca de armas Beretta existe desde 1526 e ainda assim a General Motors fez a besteira de lançar um carro com o mesmo nome. O processo custou US$500.000,00 à montadora, e esperamos que ela tenha aprendido a lição.
- O caso do velho Corcel é um dos mais famosos aqui no Brasil. A Ford o lançou no mundo com o nome de Pinto. Não preciso nem dizer que fim levou o Pinto, né?…
- A Mistubishi tem problemas com a linha Pajero em países de língua espanhola. No Chile, Pajero significa “quem se masturba” e também “ser tonto e preguiçoso” - ocorre devido a um mito espanhol, totalmente anticientífico, de que a masturbação causa debilidade mental e cansaço crônico. Obviamente, em todo o mercado latino, a companhia japonesa comercializou o veículo como Mitsubishi Montero (e Shogun, nos EUA).
- A empresa de cosméticos Estée Lauder estava prestes a exportar a linha de maquiagem Country Mist, quando a equipe alemã observou que na língua deles, “mist” (garoa, vapor d`água em Inglês) era uma gíria para estrume. Na Alemanha, o produto virou Country Moist (úmido).
- Na Finlândia, há uma fábrica de veículos chamada Super Piss. Imagine a dificuldade de uma empresa que se chama Super Xixi enfrentaria para entrar em outros mercados...
- A empresa japonesa de turismo Kinki estranhou quando entrou em mercados de língua inglesa e começou a receber solicitações de pacotes “para adultos”. Eles mudaram o nome, afinal, seria estranho levar a família para viajar em uma empresa que se chama excitante, com conotação sexual.
- Outro caso japonês é o da marca de café Creap. Mais uma palavra pouco usada, que talvez nem esteja nos dicionários, mas que está na cabeça das pessoas e isso que importa. Creap significa mais ou menos “dar de ombros”, aquele gesto que você faz quando não se importa.
Direto do www.pequenoguru.com.br

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