DESAFIO DO BALDE DE GELO - LIÇÕES DE MARKETING
O "Desafio do Balde de Gelo”, a campanha viral de conscientização
para arrecadar dinheiro para o tratamento
da esclerose lateral amiotrófica, um mal degenerativo também conhecido como
doença de Lou Gehrig, varreu o mundo no mês passado ou pouco mais,
levantando mais de US$ 100 milhões para uma causa que era anteriormente desconhecida,
inundando as mídias sociais com vídeos de pessoas de todas as esferas da vida
despejando água gelada sobre si.
Mais de 3 milhões de pessoas participaram no desafio e o
valor arrecadado é 35 vezes mais do que a ALS Association levantou
durante o mesmo período do ano passado. Em qualquer setor, é um feito
extraordinário.
Então por que esta campanha despertou tanto interesse? Quais
são as implicações para as campanhas de marcas, produtos ou serviços? E seus
efeitos duram?
Independentemente de eventuais críticas à campanha (que foi um estrondoso sucesso), aqui estão 9 razões (sob o ponto de vista de marketing) pelas quais eu acredito que esta
campanha se saiu tão bem:
1- É incrivelmente
simples - e eu digo isso no melhor sentido do termo. Ninguém tem de
aprender alguma coisa, comprar alguma coisa, ir a qualquer lugar, se inscrever
para qualquer coisa. As matérias-primas para manter este desafio - balde, gelo,
água e telefone - são onipresentes. As instruções são óbvias. Isso faz com que a participação seja muito acessível.
2- É de alto impacto
e imediato - o desafio dura segundos.
Isso por si só aponta para um fenômeno interessante: a ampliação. A capacidade
de realizar um pequeno e curto/rápido ato, por uma grande causa - com a
justaposição de participação e impacto percebido realmente crucial para o
sucesso da campanha.
3- É compartilhável
- sim, até certo ponto, é um projeto de vaidade. Mas, mais importante, não é
apenas algo que as pessoas queiram se fazer visíveis em um contexto social, ele
também fornece conteúdo altamente visual, personalizado, que as pessoas podem
passar para os outros. Causas se tornam
muito mais reais para as pessoas quando elas conseguem se identificar de alguma
forma com o que eles estão sendo convidados a apoiar, mesmo que a
identificação seja apenas um selfie.
4- Há um forte claro
apelo à ação - o poder desta campanha não reside tanto no ato de despejar a
água. Ela decorre do que se segue imediatamente - chamar de três pessoas pelo nome em mídias sociais para fazer a mesma
coisa. O tom também é perfeito: louco o suficiente para ser desafiador, mas
não tão estranho que afaste as pessoas.
5- É uma grande causa
- ao participar, as pessoas acreditam
que estão fazendo a diferença. Então, há uma forte sensação de bem-estar,
de fazer o bem operando aqui.
6- É democrática
- todos podem participar. Eles podem dar o quanto podem pagar. Participação
liga as pessoas socialmente. De repente, há uma conexão entre a pessoa que fez
isso no seu quintal e Bill Gates, Martha Stewart, Donald Trump, o New York
Yankees. O que o Ice Bucket Challenge fez
tão bem foi encontrar uma maneira divertida de formar uma comunidade inesperada.
7- É sazonal – OK,
um balde de gelo pode ser ruim, m asno verão... Sem surpresas que este desafio
ocorreu em meados do verão no hemisfério norte.
8- É inesperado -
causas sérias tendem para abordagens que
são mais graves. O sucesso do Desafio Balde de Gelo demonstra uma força de
ruptura com esse modelo. Não é algo que as pessoas associam imediatamente
com uma doença terrível como Lou Gerrig; a campanha teve uma informalidade que
atraiu as pessoas e que elas queriam
compartilhar.
9- É franqueável
- outras marcas poderiam participar, mesmo marcar a sua participação ou criar
uma sensação de envolvimento. Quando KFC se envolveu, eles vestiram um ator como
o Coronel-símbolo da marca para participar do desafio
Então, o que isso significa para outras campanhas de um modo geral? Para mim,
isso sugere quatro coisas:
1- O poder da cultura
pop - ame ou odeie, a chave do sucesso do Desafio Balde de Gelo para mim é que praticamente todas as campanhas da marca que querem ser replicadas e difundidas em redes sociais devem ser móveis: feitas com a câmera do celular por qualquer um. Princípio simples: se eles não podem fotografar/filmar,
eles não irão compartilhar.
2- Precisa ser
pessoal - qualquer evento ou campanha que se planeje precisa ser aquela em que as
pessoas querem ser vistas ou se mostrarem participantes. Cada vez mais, as pessoas não aparecem
em um evento, eles aparecem com um evento.
3- O mais difícil -
sua ideia deve ser ao mesmo tempo
simples e não ter sido feito nada parecido antes.
4- No caso de marcas de ONGs especificamente - embora eu
suspeite que isso também seja válido para as marcas de consumo - é preciso mudar o mundo (ou talvez, o
seu mundo) para o melhor de alguma forma. Como Rick Smith coloca tão bem na
Forbes: deve grande, altruísta e simples o suficiente para gerar um efeito
multiplicador. Uma ideia a que ele nitidamente se refere: como uma
"cascata global".
A nova visão sobre "chamada à ação" não é o que
você está pedindo que os consumidores façam, mas sim o que você os inspira a fazer. A questão-chave para cada empreendedor planejando uma
campanha agora: o que os nossos compradores compartilham e como isso vai elevar
nossa participação de mercado? Na minha opinião, essa é a verdadeira equação de conversão hoje.
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