OFF SET ou DIGITAL?
Quase
todo dia atendo ligações de clientes perguntando, entre outras coisas, se há quantidade
mínima para imprimir esse ou aquele trabalho ou com dúvidas sobre o motivo
dos valores de impressão variarem tão drasticamente de uma gráfica para
outra.
A
resposta para a quantidade mínima é... Depende.
E a
resposta para os valores dos orçamentos é... Por que depende.
OK,
estou parecendo o Chacrinha, que dizia em seu programa: “...não estou aqui para
explicar, mas sim para confundir!”, mas aí vai uma explicação bem resumida.
Atualmente
existem dois tipos principais de impressão (ou “de gráficas”), o sistema
offset e o digital. Apesar deles fazerem a mesma coisa –
imprimir - há diferenças consideráveis que devem ser levadas em conta,
especialmente com relação ao custo, que nos afeta onde dói mais – no bolso.
Offset
é um sistema de impressão que, grosso modo, funciona assim:
-
temos um arquivo (layout) digital no computador;
-
desse arquivo geram-se os fotolitos (como que os filmes das máquinas
fotográficas, lembra deles?). Se for um material colorido, teremos ao menos 4
fotolitos (preto, amarelo, ciano e magenta), cuja combinação de cores resulta
em “todas as outras”;
-
esses fotolitos gerarão as chapas de impressão (imagine algo como
‘‘carimbos’’ gigantes);
-
essas chapas são montadas nas enormes máquinas de impressão;
-
roda-se uma certa quantidade – que gera perda de material (papel e
tinta) - para acerto e ajuste da impressão.
Todo
esse processo leva tempo (afetando os prazos) e gera um custo fixo
que independe de quanto se quer imprimir. Porém, tal custo se dilui com
impressões em grandes quantidades – ganho de escala.
Comparado
com o acima, o sistema digital é quase que automatizado, ou seja, a arte
(normalmente digital, feita em computador) vai direto para a máquina de
impressão - não há fotolitos nem chapas de gravações nem perdas como na offset,
dentre outras coisas.
Mas
qual a diferença pra mim, que quero apenas alguns folhetos para divulgar meu
negócio? Por que não fazemos tudo no digital e pronto?
Via
de regra, para impressões em baixas quantidades (abaixo de 500) no
processo digital o custo unitário é menor; para impressões em grandes
tiragens (acima de 500) é o off set apresenta um custo unitário menor.
Entendeu?
Então se você fosse imprimir 1.000 cartões de visita (1.000 = grande tiragem)
procuraria uma gráfica off set, certo?
ERRADO!
Não é “apenas” a quantidade que define a escolha por um ou outro método: fazer 1.000
cartões de visita é mais barato em digital do que offset; fazer 1.000
cartazes A3 em offset é mais barato que a digital.
Isso
porque em uma única folha formato A3 (297mm X 420mm) cabem em média 27 cartões
de visita, sendo necessárias então apenas 38 folhas para fazer seus 1.000
cartões - o que é uma tiragem bem pequena – compensando fazer na
digital.
Já
para um cartaz formato A3 seriam 1.000 folhas mesmo, daí vale a pena fazer em
off set.
As
máquinas de impressão digital são “parentes” sofisticadas das máquinas que
utilizamos em casa e escritório e, assim como elas, comportam até certos
limites de gramatura (grossura) e tamanho de papel.
Note
que, como escrevi acima, voltamos ao DEPENDE!
Entre
outras coisas além da quantidade, depende de que tipo de trabalho
iremos imprimir e qual o tamanho de papel necessário, se cartões
de visita, pequenos folhetos, grandes cartazes ou revistas.
Existem obviamente outras
questões envolvidas, como cores especiais (Pantone), diferentes acabamentos,
cortes especiais, papel em estoque “sobrando” na gráfica, etc., etc. mas, para
não alongar demais, por hoje é isso!
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